Mesmo depois de 3 partos, 3 nascimentos, 3 filhos, a vinda de VITOR me deixou analfabeta no quesito AMAMENTAÇÃO. Parece que ele é o primeiro, se bem que depois de 14 anos, é como se fosse mesmo. E muita coisa mudou ou sei lá, talvez eu tenha me esquecido mesmo.
Desde a gravidez de Vitor que o desejo de amamentá-lo crescia junto com minha barriga, já tinha tomado esta decisão com meu coração. Os primeiros dias de Vitor, ainda no hospital, passei por algumas provas. Ele não sugava, por conta de sua prematuridade, e aí a FONOAUDIÓLOGA Lênia entrou em ação. Pedi luvas descartáveis no posto de enfermagem e comecei a estimular a sucção de meu Pequeno Príncipe. Enquanto a sucção "não vinha" ele foi tomando o leitinho MAN no copinho. Logo que ele começou a succionar foi deixando do copinho para ficar só no leitinho MAM ( o meu !!).
Os primeiros dias tinhamos que colocar o despertador de 2h em 2h para acordar Vitor, já que ele dormia muito. Hoje com um mes de vida ele já tem um horário de 3h em 3h as vezes fazendo até 4 horas direto, da última mamada da madrugada.
Na última consulta Vitor não ganhou o peso que EU esperava, mas ganhou o que é esperado para um bebê prematuro e eu fiquei cheia de piras sobre se meu leite estava sendo o suficiente para ele. Acessei sites, tirei dúvidas com um amigo querido e pediatra , que reside em BH , e todos me disseram que cada bebê tem seu ritmo e que se após a próxima consulta Vitor não estivesse ganhando o peso ideal que não teria problemas em complementar o leite, que o que mais importante era nosso laço de amor
A verdade é que amamentar, mesmo para quem não tem nenhum impedimento maior, não é fácil, pelo menos para uma boa parte das mulheres. Bicos que não colaboram, empedramento, mastite, rachaduras, tem uma série de coisas que podem acontecer, fora o próprio cansaço que às vezes bate (sim, tem momentos no meio da noite, quando estou caindo de sono, que penso o quão seria mais fácil uma mamadeira!).
O fato é que Amamentar é optar por dar o melhor alimento ao bebê. Não tem nada a ver com amar. Se fosse assim, poderíamos dizer que os pais amam menos seus filhos? Eles não amamentam. As mães adotivas também não. Ou as mulheres que fizeram plástica. Ou as mães que precisaram desmamar seus bebês para trabalhar...será que todos eles amam menos seus filhos porque não amamentam?
Não concordo quando leio nas campanhas de Aleitamento que AMAMENTAR é um ATO de AMOR.
Por isso resolvi parar de sofrer e de me sentir culpada. A minha escolha é AMAMENTAR mas se tiver que fazer outra escolha para que ele continue se desenvolvendo saudável ,o farei. E sobre o ATO de AMAR ? Este eu terei inúmeras formas de mostrar , certo ?
Beijos entre uma amamentação e outra .
Lê em estado de AMAMENTAÇÂO PLENA
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