quinta-feira, 18 de junho de 2009

Nascer a cada dia...



Hoje estive pensando sobre o estar no ventre materno, envolta e embebida por um líquido que me alimentava e me bastava e um cordão umbilical que me abastecia do oxigênio necessário para o desenvolvimento e manutenção de minhas funções vitais, e vi que é bem possível comparar este período de nove meses com algumas fases de nossas vidas.
Somos em algumas fases como o bebê que se sente preparado para deixar aquela vida confortável, morna, dependente, para assumir os riscos de atravessar o canal do futuro, de sair de um mundo ao outro, para, novamente, nascer. Nascer para uma nova vida em um novo ambiente.
Assim como o nascer de um bebê, devemos, sim, buscar o aprendizado permanente, fruto de todas estas contínuas transformações.
A cada dia desta gravidez a espera do outro dia somado a vida que não para por causa deste momento, me sinto assim, em uma contínua transformação,em um contínuo NASCER !

Beijos de Nascimento !!!

Mamy Lê Luz da Equipe LUZ
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Tarde demais, nascemos / Martha Medeiros,
Zero Hora, 06 de Agosto de 2006


E uma vez nascidos, viramos homens e mulheres que tentam extrair alegrias de onde só brota dificuldade, que participam deste carnaval de sensações fartamente oferecidas dia após dia: paixões e melancolias ao nosso dispor, bastando estarmos predispostos à vida. Uma vez nascidos, temos uma cara, um corpo e a nossa alma, principalmente a alma, nosso DNA espiritual, avesso a manipulações de qualquer espécie. Tentem, mas vai ser difícil nos transformar em pedra, parede, concreto.

Podem fazer nossa cabeça, mudar nossas idéias, nos arregimentar para o seu partido. Influenciar, podem. Somos maleáveis. Mas arrancar de nós a humanidade, proibir que tenhamos sono, fome e sede, declarar-nos incapacitados para o amor, exigir que nunca mais sonhemos, que não cultivemos nosso lado mais secreto e selvagem, impossível, só se não existíssemos.

Tarde demais, nascemos.

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